“Então é natal…”, assim começa uma música antiga, cantada inicialmente pelo conjunto Britânico The Beatles e adaptada para o português por uma cantora brasileira, também famosa.
Natal. É uma palavra muito bonita, acho pouco provável alguém duvidar. A maioria das pessoas sabe distinguir o significado dela, muitas crianças também, embora tenham uma idéia um pouco distorcida de seu real significado. Vamos fazer uma pequena análise sobre esse acontecimento tão importante do nosso calendário?
Segundo um verbete da Wikipédia, o termo “Natal” provém do latim natális, que quer dizer, nascer, ser posto no mundo. Significa também o local onde ocorreu o nascimento de alguém ou alguma coisa. Mas a palavra Natal é lembrada no calendário cristão e reconhecido pela Igreja Católica precisamente no dia 25 de dezembro e pela Igreja Ortodoxa, no dia 7 de janeiro (daí creio ser a origem das festividades dos Santos Reis, mas por hora, não é assunto para este post).
Além do significado religioso, o Natal é comemorado desde o Século IV pela Igreja ocidental e desde o século V pela Igreja oriental como o dia do nascimento de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Não entrarei em detalhes sobre a controvérsia gerada sobre o verdadeiro dia em que Nosso Senhor nasceu, pois nem a Bíblia Sagrada, a guia de fé e conduta dos cristãos, tão pouco menciona em ponto algum a referida data. Creio que Deus, na Sua infinita sabedoria não nos revelou justamente para não haver qualquer tipo de idolatria no local de nascimento (este sim, citado, mas difícil de ser encontrado hoje).
Pois bem, caro leitor(a), depois dessa pequena explanação sobre a origem do Natal e algumas curiosidades, tentarei expor meu pensamento à respeito desta data tão importante, mas não levada tão a sério atualmente. Sim, foi isso que você leu: Não tão levada a sério hoje.
No princípio, as pessoas se reuniam com o propósito de louvar a Deus por ter enviado Seu Filho Jesus, para tirar-nos do lamaçal do pecado em que vivíamos e consequentemente para a salvação de nossas almas. A data além de exercer uma forte carga emocional, também servia (e para alguns ainda serve) de consolo espiritual, por saber-se que o mesmo menino que “nos foi dado” e posteriormente morreu preso a uma cruz (e não estaca, como muitos dizem por aí), foi deixado no seio da terra, ou seja, numa sepultura, mas ressuscitou e hoje vive para todo o sempre ao lado do Deus Pai, olhando e cuidando de todos e a todo o momento.
“Tudo bem, blogueiro. Disso tudo eu sei. Mas qual é a mensagem que você quer passar realmente?”, você deve estar se perguntando.
O motivo deste post é em parte para solidarizar-me com aqueles que acreditam no Natal como uma data onde deve ser praticada a caridade, exercido mais o dom do amor ágape, e uma série enorme de boas ações.
Mas o que tenho observado há vários anos, é que os que se dizem cristãos, independentemente da denominação religiosa, estão cada vez mais distorcendo o significado desta data tão importante. Eu, particularmente não comemoro o Natal, pois minha visão à respeito é muito diferente dos que o comemoram. Para mim, se o principal objetivo do Natal é o nascimento de Jesus Cristo, por quê comemorar em um só dia, visto que Ele se faz nascer nos corações de milhares de pessoas todos os dias? Bem, isto também é assunto para outro post.
O que tem me deixado mais indignado, é que muitos no dia 25 de dezembro tem deixado de lado o contexto religioso, que exalta a alegria do espírito e se lançam em diversos tipos de pecados, tais como: glutonaria, bebedice e orgias das mais variadas. Atualmente já não dá aquela alegria em sair às ruas e ver o pessoal comemorando, se abraçando, confraternizando e desejando boas novas ao seu semelhante. Mesmo nas festas realizadas em família. É só o relógio apontar Zero Hora e o bando de bêbados e glutões, une-se, cantam, trocam presentes entre si, festejando “o menino Jesus”, momentaneamente e de maneira mesquinha e depois se esquecem e caem novamente na farra, dando vazão aos prazeres da carne.
Hipócritas!
Enfim, mesmo que o propósito do Natal tenha sido distorcido através dos anos. Há muitas famílias honradas que ainda celebram com verdadeira devoção e santidade. A estes desejo meus sinceros votos de paz, alegria, harmonia, saúde, felicidade e muitas bênçãos vindas do trono de Nosso Deus e Pai Eterno.
E a todos os que tiveram a paciência de ler este desabafo, meu agradecimento pela visita. E sintam-se convidados a voltar em outras ocasiões.
Parafraseando o Apóstolo Paulo, faço minhas suas palavras:
“Graça, misericórdia, e paz da parte de Deus Pai e Cristo Jesus nosso Senhor”. Não somente neste dia, mas em todos os dias do ano.
HP
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Update: Para aqueles que gostaram(?) deste post, recomendo outro, do blog “Geração Que Lamba”, entitulado Natal: Pagão ou cristão? Muito bom!